Imigração italiana: conheça a história dos imigrantes no Rio Grande do Sul

Em meio à crise agrária que acometia a Europa no século XIX, 100 mil pessoas fizeram parte do processo de imigração italiana, atravessando o Oceano Atlântico para chegar ao Rio Grande do Sul.

Neste artigo, falaremos um pouco mais sobre a história dos imigrantes italianos e sua chegada ao Brasil, principalmente no Sul do país e como esses se estabeleceram para erguer um novo território para prosperar. Continue lendo!

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Como se iniciou a imigração italiana no Brasil?

No começo, a imigração italiana, em meados de 1870, era lenta. Os italianos chegaram aos poucos, mas logo formaram grandes grupos e colônias para povoar o território hoje conhecido como o Rio Grande do Sul, que, mais tarde, tornou-se uma grande parte da Itália fora do país.

Grande parte dos imigrantes italianos vieram de Trento, Vêneto e Lombardia, que buscavam fugir da pobreza e da forte crise que acometia a Europa naquela época. Estes, então, vieram ao Brasil em busca de novas oportunidades para prosperar e viver uma vida melhor.

Nesse processo, a cidade de Gênova tornou-se o principal porto com navios que partiam, lotados de italianos, com destino para o Brasil. O maior atrativo, além das terras ainda não colonizadas, era a grande oferta de empregos na região Sul e Sudeste do país.

Como os italianos se estabeleceram no Rio Grande do Sul?

Ao chegar no território hoje correspondente ao estado do Rio Grande do Sul, os imigrantes italianos se depararam com uma terra fértil e ainda inabitada por europeus, o que abriu possibilidade para recomeçar do zero e criar as primeiras colônias europeias na região.

As primeiras colônias iniciadas pelos italianos ao chegarem no Rio Grande do Sul ficaram conhecidas como colônias imperiais e deram origem às cidades Bento Gonçalves, Caxias do Sul, Garibaldi e Veranópolis. Essas cidades concentram um grande número de descendentes dos italianos que povoaram essas terras no século XIX.

Os italianos ficaram famosos pela sua fertilidade, que gerou uma grande quantidade de descendentes de primeira e segunda geração entre o momento de chegada ao Brasil e o início do século XX. Isso também explica a alta porcentagem de pessoas com sobrenomes e raízes italianas no Sul.

Essas famílias, buscando encontrar o conforto da terra natal, estabeleceram fortes influências à cultura local e que prevalecem até hoje, como o consumo de massas, pizza, queijos, polenta, salame, vinhos, pães e toucinho.

Além da culinária, os italianos também implantaram, numa tentativa de reencontrar suas raízes, costumes e modelos arquitetônicos, como os porões, sótãos e telhados inclinados – que, no contexto italiano, serviam para facilitar a retirada da neve no inverno – nas casas.

A forte ligação com a religião católica também é uma herança da imigração italiana no Sul, que ajudou a popularizar o uso de terços e a prática de procissões, além de influenciar a criação de escolas católicas com participação de padres e freiras na educação das crianças.

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Pessoas com sobrenome italiano conseguem a cidadania italiana?

Como dito anteriormente, a imigração italiana facilitou o surgimento das primeiras colônias italianas no Sul do Brasil, dando origem a um grande número de famílias que carregam, por gerações, nomes e sobrenomes italianos. É muito comum encontrar alguém nascido no Sul reivindicando a descendência italiana. 

De maneira geral, pessoas com sobrenome italiano conseguem, sim, adquirir a cidadania italiana. O processo pode ser realizado em um consulado italiano no Brasil ou diretamente na Itália, e consiste basicamente na busca e apresentação de documentos que comprovem a ligação do requerente com um cidadão italiano que não tenha sido naturalizado no Brasil.

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