Qual a importância dos apelidos para a genealogia?
Você tem ou já teve algum apelido? Seja de família, uma brincadeira de amigos ou uma característica particular sua, dificilmente você vai encontrar alguém que nunca teve um apelido na vida. Muitas pessoas, inclusive, são conhecidas pelo apelido que carregam. Mas você já parou pra pensar sobre qual a importância dos apelidos para a genealogia? Acredite, existem muitas histórias por trás disso.
Como surgiram os apelidos?
Ainda não se sabe quando surgiram os primeiros apelidos, mas acredita-se que existam há centenas de anos, podendo até estar relacionados à origem dos sobrenomes. Na Espanha e em Portugal, por exemplo, as pessoas costumavam acrescentar as terminações “ez” e “es” ao nome do pai; Antunes era o filho de Antônio, enquanto Sanchez, o de Sancho.
Os apelidos também eram criados pelo lugar de nascimento ou moradia. Alguns portugueses podiam ganhar o apelido de Coimbra, Lisboa, Resende ou Alcântara (cidades do país). Havia ainda os que recebiam por causa da profissão, como Ferreira (vem de ferreiro) ou Barbeiro. Um lenhador podia ser chamado de Pinheiro e um caçador de Raposo ou Lobo. Outro meio de apelidar uma pessoa era através das características físicas e até mesmo da personalidade – e até hoje é muito comum.
Apelidos podem virar sobrenomes?
Por essa você não esperava, né? Se você queria saber qual a importância dos apelidos para a genealogia, está aí! Talvez você não saiba, mas alguns apelidos – como se diz no Brasil, ou alcunhas acabaram se tornando sobrenomes – ou apelidos, como se diz em Portugal. É o caso de Gordo, Magro e Morgado, entre outros.
Nesse caso, a importância é histórica, pois diz respeito à história e ao estudo dos nomes portugueses.
Também é possível que um apelido/alcunha traga alguma pista sobre a origem de um antepassado. Em minha família materna, por exemplo, existe uma prima chamada Nadyr, mas também conhecida como Xindonga. Esse apelido lhe teria sido transmitido de uma ascendente já falecida, que provavelmente viveu no tempo da escravidão.
Em uma busca no Google, encontrei referência a um grupo étnico africano identificado com esse nome, o que pode sugerir uma origem etnogeográficas para esse ramo da minha árvore familiar. Interessante, né?
Os apelidos na atualidade
Hoje em dia os apelidos não são mais utilizados como sobrenome – não como antigamente – mas ainda estão muito presentes no dia a dia das pessoas. Atualmente, os apelidos podem ser utilizados também para diferenciar pessoas, principalmente quando há dois amigos com o primeiro nome igual. Se você tem dois amigos chamados “José”, por exemplo, você pode apelidar um deles de “Zé”. Trata-se de uma forma carinhosa de diferenciar uma pessoa. Esse tipo de apelido é denominado hipocorístico; significa que quem o chamou demonstra carinho ou intimidade.
Atenção na hora de dar um apelido
Apelidos sempre foram um modo universal de demonstrar intimidade e carinho, em todas as línguas. Entretanto, também é preciso ter muito cuidado na hora de apelidar alguém. Isso porque, dependendo do apelido, você pode trazer consequências ruins e até mesmo prejudicar a qualidade de vida dela. Quando está ligado às características físicas, por exemplo, pode ser bullying (conjunto de agressões repetitivas que humilham e podem até matar).
Agora conta pra gente, existe algum apelido forte na sua família? Você já recebeu algum apelido que tenha marcado a sua vida de alguma forma? Está enfrentando dificuldades nas suas pesquisas, ou precisa tirar alguma dúvida pontual? Nossa equipe está sempre aposta e pronta para te ajudar sempre que necessário. Entre em contato e venha bater um papo com a gente.
FONTE: dgabc.com.br