Sobrenomes: quais são os tipos e como se originaram?

Os nomes e sobrenomes são, definitivamente, a principal forma de designar e identificar uma pessoa. Conheça aqui os tipos de sobrenomes e como surgiram!

Embora os sobrenomes tenham sua origem datada no oriente há mais de cinco mil anos, algumas figuras históricas ocidentais muito marcantes, como Tales de Mileto, por exemplo, eram conhecidas apenas pelo primeiro nome, seguido do nome da cidade onde nasceram, assim como outras milhões de pessoas.

Contudo, à medida que a sociedade crescia, alguns nomes acabaram se repetindo e muitas pessoas acabavam tendo nomes iguais, o que poderia gerar confusões na hora de identificar essas pessoas. Dessa forma, a ideia de utilizar a cidade de origem como complemento do nome deixou de ser viável.

Assim, surgiram os primeiros sobrenomes, como forma de designar uma pessoa a partir de uma característica do seu núcleo familiar. A seguir, falaremos mais sobre a origem dessas designações e os tipos de sobrenomes. Continue lendo!

Qual é a origem dos sobrenomes?

Apesar de ser muito comum conhecer pessoas pelo primeiro nome, até segundo nome e pelo sobrenome atualmente, esses apelidos não eram comuns até poucos milênios atrás. Os europeus, até meados do século XII, costumavam designar aos seus descendentes apenas um nome.

Naquela época, muito provavelmente devido ao isolamento da sociedade feudal, as pessoas não tinham preocupação – ou necessidade – de inventar um complemento para os seus nomes, a fim de se distinguir de outras pessoas.

Contudo, conforme a população crescia e as cidades se expandiam, os nomes começaram a se repetir, causando confusões entre famílias. Imagine só, como um senhor feudal poderia repassar seus bens e suas fortunas aos seus descendentes se existiam outras dezenas de pessoas com o mesmo nome que seus filhos? As famílias, então, começaram a utilizar algumas características dos seus núcleos para diferenciar-se de outros grupos.

E assim surgiram os primeiros sobrenomes, que foram passados, traduzidos, transcritos e são conhecidos hoje em dia. Em muitos casos, esses sobrenomes – também conhecidos como apelidos – eram derivados de fatores geográficos da região onde a família habitava. Por exemplo, acredita-se que o apelido “da Rocha” surgiu de uma família que habitava uma região com penhascos e rochedos.

Tipos de sobrenomes

Como dito anteriormente, os sobrenomes, apelidos ou alcunhas surgiram como forma de diferenciar pessoas e designá-las a um grupo ou núcleo familiar. Alguns desses nomes surgiram a partir de características físicas de uma pessoa da família, outros derivaram de nomes de cidades ou de pessoas mais velhas.

Em relação à sociedade ocidental, esses nomes começaram a ser criados considerando muito mais características da família, como profissão e religião. Confira a seguir alguns tipos de sobrenomes.

Patronímico

Os patronímicos são os apelidos mais comuns e são derivados do nome de um pai ou figura masculina mais velha de uma família. Normalmente esses nomes são formados pelo radical do primeiro nome de um homem, complementado pelo sufixo es/ez, sendo que o segundo é mais comum em países falantes de espanhol.

Rodrigues = deriva de Rodrigo/Rui;
Fernandes = deriva de Fernando/Fernão;
Gonçalves = deriva de Gonçalo.

Em algumas culturas, ainda é possível encontrar apelidos que variavam do nome de uma figura matriarcal, ou seja, uma mulher mais velha da família.

Toponímicos

Ademais, os toponímicos são tipos de alcunhas criadas a partir do conceito de uma cidade ou região de nascimento da família. Por exemplo, nomes como “da Silva” e “da Rocha” referem-se a características geográficas do local de nascimento de uma figura de autoridade da família.

Enquanto outros sobrenomes como Coimbra e Locatelli referem-se às cidades onde a família surgiu – nesse caso, em cidades portuguesas.

Sobrenomes baseados na profissão

Além dos patronímicos e toponímicos, a profissão do patriarca da família também servia como fonte de inspiração para a criação de sobrenomes. Por exemplo, os nomes Ferreira, Guerreira, Machado e outros referiam-se à ocupação do patriarca da família na sociedade.

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